Título:
Silka
Autor:
Manuela Bacelar e Ilse
Losa
Editora: Edições Afrontamento
Ano de Edição: 1984
Nº de páginas:
39
Sinopse/apreciação crítica:
A história fala de uma
menina que numa certa tarde de calor foi ao mar. Caminhou sem hora marcada e
encontrou um aglomerado de casinhas desabitadas. Entrou numa delas e nesse
momento o mar ficou revolto. ela assustou-se e fugiu dali. E quando chegou ao
monte, do outro lado das dunas e das tristes casinhas, viu que o mar voltara à
sua calma.
Ora, Numa daquelas
casinhas, vivia Silka com os pais e os dois irmãos. Aconteceu que um certo dia,
depois de Silka ter regressado da
aldeia, com um cesto de fruta saltou – lhe da blusa um bicho, meia cobra, meio
peixe, dum azul transparente como o das pedras – marinhas. Na manhã seguinte,
os pais da Silka depararam – se no limiar da casa com quatro bichos do mar,
meio serpentes, meio peixes, do azul transparente das pedras marinhas.
Pela madrugada do dia
seguinte, os irmãos de Silka foram buscar uma galinha branca que enfeitaram com
flores de laranjeira e levaram para junto do rochedo onde Silka se despira para
tomar banho no mar. Dali a pouco assomaram do mar os três casamenteiros. Ao
verem a galinha enfeitada de noiva enfureceram – se de tal maneira que se
puseram vermelhos como sangue. Ao saber da brincadeira com a galinha enfeitada
de noiva, à espera de ser levada ao noivo no fundo do mar, sentiu – se
envergonhada da indelicadeza dos irmãos. Pela madrugada vestiu – se de branco
e, sem que ninguém a visse, saiu de casa e foi sentar – se junto ao rochedo, à
espera do que viesse a acontecer. À medida que o tempo foi passando, Silka
começava a sentir saudades da praia.
Naquele dia, em que os
estranhos visitantes levavam Silka para o fundo do mare junto de Reinaldo, os
pais e os irmãos esperavam desesperadamente por ela. À tardinha, quando o sol
era brasa no céu, Silka conseguiu arrastar – se até às dunas onde se
encontravam os rapazes transidos de pavor por verem as ondas a galgar espumando
e bramando e da cor do sangue. Então Silka gritou o nome do marido.
Catarina , 5. ºAno
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